O território onde finalmente obtiveram sua missão os Agostinianos Recoletos na China esta situado nos limites das províncias de Henan e Shandong.

As missões, projetos sociais e ações solidárias são uma constante na ação da Família Agostiniana Recoleta. A Província de São Nicolau de Tolentino sempre viveu em missão, desde seu nascimento motivado pela abertura das primeiras missões de evangelização nas Filipinas no século XVII. Desde então, tem exercido sua atividade evangelizadora seguindo o mandato de Jesus nos lugares hoje chamados de “fronteira”: ali onde é necessário defender a dignidade da vida humana, a justiça social, a igualdade de oportunidades, a defesa dos mais vulneráveis.

Antecedentes históricos dos Agostinianos Recoletos na China

Desde 1650 se tem referência dos desejos por parte dos recoletos, de entrar na China, mas não foi possível por motivos econômicos e a subjugação das corporações religiosas ao império espanhol e português. Neste longo itinerário, dois freis chegaram até a corte imperial de China: Adeodato de Santo Agostinho e Anselmo de Santa Margarida, agostinianos descalços da Itália.

Adeodato de Santo Agostinho aparece em documentos 1784 na corte do imperador chinês como “maquinista” (possivelmente de relógio). Em 1805 enviou um mapa de Shantung a Roma, para que se indicassem as fronteiras de trabalho para os religiosos portugueses, italianos e espanhóis. O mapa foi interceptado, se lhe acusou de espionagem, foi julgado e desterrado a Tartária. Em 1814 chegou a Manila e pediu ingresso na Recoleção. Lá morreu no dia 29 de janeiro de 1821 com 61 anos de idade.

Anselmo de Santa Margarida tem uma história similar. Depois de sofrer perseguição e desterro na China, em 1812 chegou a Manila, onde morreu como recoleto, aos 6 de dezembro de 1816.

Shanghai

Por causa da instabilidade prévia à revolução de 1898 em Filipinas, Mariano Bernad (provincial entre 1891 e 1894), busca uma casa na China, para salvaguardar a economia da Província. Esta casa se funda em 1907 em Shanghai, onde pouco a pouco os fundos econômicos da Província foram chegando. Todos os trâmites foram de ordem interna, sem permissões do vigário apostólico ou da Santa Sé.

Nesse mesmo ano de 1907, o definitório geral concordou em pedir à Santa Sé uma missão em Hunan, China central, dividida em dois vicariatos apostólicos extensos e sem religiosos suficientes. Mas a Propaganda Fide nega a permissão. Depois deste fracasso, ao menos quiseram obter a aprovação oficial da casa de Shanghai, o que por diversas dificuldades, e graças à intervenção de Pio X, somente se conseguiria em 1911.

PÁGINA SEGUINTE: a. A etapa epistolar (1919-1923)


ÍNDICE DE PÁGINAS: MISSÕES