Histórias da Amazônia: a vida religiosa na Prelazia de Lábrea

Nossa Prelazia, fundada em 1925, foi confiada aos Agostinianos Recoletos, que chegaram em 1926 e deram estrutura, apoio e atenção, organizando a missão encomendada pela Igreja, ou seja, a evangelização. Ao longo do tempo, várias congregações femininas e uma masculina, os Maristas, reforçaram essa missão em colaboração com os Agostinianos Recoletos.

A história das vocações marcou nossa Prelazia: alguns religiosos limitaram seus postos de missão, outros deixaram definitivamente. Mas também, graças a Deus, outros vieram porque Deus cuida do seu povo…

Neste momento estamos os Agostinianos Recoletos, atendendo três das cinco paróquias, com toda a gama de pastorais e obras sociais, além da missão no interior, com ribeirinhos e indígenas. Temos uma comunidade de Missionárias Agostinianas Recoletas com sede em Lábrea; dirigem uma escola, se encarregam da pastoral pelo rio e colaboram na pastoral urbana. Uma comunidade de Maristas é responsável por uma escola em Lábrea e agora, com sede em Foz de Tapauá, vão trabalhar a educação nessa área. Uma comunidade de Irmãs Oblatas que reside em Tapauá. Elas são responsáveis ​​por um trabalho social com crianças e colaboram na pastoral urbana e do rio. Por fim, uma comunidade de Irmãs Josefinas com duas sedes: Belo Monte e Foz do Tapauá, estão envolvidas em trabalhos sociais em ambas as localidades e colaboram na pastoral urbana e do rio.

Portanto, três das cinco paróquias que a Prelazia possui, têm presença de vida religiosa. A paróquia de Pauini tem assistência esporádica de religiosas chamadas “Pastorinhas”, mas sem presença permanente. E a Paróquia de Canutama, atualmente atendida pela Diocese de Ponta Grossa no estado do Paraná, pretende enviar também uma comunidade religiosa, mas até agora…

A celebração do dia 25 de março, serviu para divulgar e promover a realidade da vida consagrada. Nos três dias que antecederam a comemoração do jubileu, tivemos missa e celebração nas comunidades, com a presença de religiosos e religiosas em todas elas. Na véspera, sábado 26, um retiro para todos os religiosos e religiosas da cidade. Um momento muito especial de espiritualidade, de partilha, de reflexão e encorajamento neste caminho, fortalecido pelo testemunho e perseverança do irmão Alécio e da irmã Ana Maria. A reflexão centrou-se no capítulo II da carta encíclica do Papa Francisco “Fratelli tutti”. A Celebração Eucarística foi o momento de compartilhar a reflexão, o momento espiritual que cada um está vivendo.

E no dia 27, quarto domingo da Quaresma, iluminados pela misericórdia do Pai, na parábola do filho pródigo, celebramos o jubileu, acompanhando o Pai que matou o bezerro gordo do seu amor derramado sobre os irmãos, convidando a todos para o banquete, porque tudo o que é seu é nosso. É por isso que nossos irmãos pegam o que é do Pai, e compartilham, doam-se como Ele, e fazem que a missão seja reunir toda a família, procurando atrair aos que estão mais longe.

Na procissão de entrada, os homenageados levaram um quadro de seus fundadores acompanhados de suas respectivas comunidades. Nós, Agostinianos Recoletos, estávamos todos no altar. Após a homilia, renovaram os votos religiosos. No ofertório foram apresentadas ofertas simbólicas de vocações e do próprio carisma. No final da missa houve homenagens, palavras de reconhecimento e agradecimento com a entrega de uma recordação a cada um (irmã Ana Maria e irmão Alécio). A celebração terminou com o envio dos Irmãos Maristas Luis e Ronilton, que em breve viajarão para a Foz do Tapauá para uma nova missão.

Com esta celebração continuamos a pedir ao dono da messe que envie operários, e nos preparamos, porque este ano nossos irmãos agostinianos recoletos Alfonso Lázaro e Miguel Ángel Peralta também celebram suas bodas de ouro. Temos que acertar a data…